No primeiro semestre do ano, resultado acumulado atingiu R$ 1,089 trilhão
A arrecadação total das receitas federais atingiu, em junho de 2022, R$ 181,040 bilhões, um acréscimo real, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – ou seja, já descontada a inflação – de 17,96% em relação ao mesmo mês de 2021. No acumulado de janeiro a junho deste ano, a arrecadação total alcançou R$ 1,089 trilhão, aumento real de 11% (IPCA) sobre o primeiro semestre do ano passado.
As informações fazem parte da Análise da Arrecadação das Receitas Federais de junho de 2022, divulgada pela Receita Federal em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (21/7), com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Receitas Administradas
O valor arrecadado somente com as receitas administradas pela Receita Federal, em junho de 2022, foi de R$ 174,302 bilhões, um acréscimo real de 17,12% sobre junho do ano passado. No primeiro semestre deste ano, a arrecadação das receitas administradas pela Receita Federal alcançou R$ 1,024 trilhão, o que significa aumento real de 9% sobre igual período de 2021. O acréscimo nas receitas administradas é explicado, principalmente, pelo aumento dos recolhimentos do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), explica a Receita Federal.
Também participaram da entrevista o secretário especial da Receita Federal do Brasil, Julio Cesar Vieira Gomes; o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias; o coordenador geral de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide; e o subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, Bernardo Borba de Andrade.
Outras fontes de arrecadação
Em junho de 2022, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) arrecadaram R$ 34,269 bilhões, com crescimento real de 37,47%. O Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) – Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 15,207 bilhões, apresentando acréscimo real de 97,42% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A Receita Previdenciária arrecadou R$ 44,516 bilhões, registrando acréscimo real de 10,8% em relação a junho de 2021. Segundo a Receita Federal, tal resultado pode ser explicado pelo aumento real de 4,01% da massa salarial e pelo desempenho da arrecadação do Simples Nacional em relação a junho do ano passado.
O Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) apresentaram, no conjunto, arrecadação de R$ 34,241 bilhões, representando crescimento real de 11,80%.
Acumulado de janeiro a junho
No acumulado de janeiro a junho de 2022, o IRPJ e a CSLL arrecadaram R$ 258,492 bilhões, ou seja, crescimento real de 21,54%. Esse desempenho se deve aos acréscimos de 83,05% na arrecadação relativa à declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, decorrente de fatos geradores ocorridos ao longo de 2021 e à elevação de 19,32% na arrecadação da estimativa mensal. De acordo com a Receita Federal, houve crescimento em todas as modalidades de apuração do lucro.
A Receita Previdenciária registrou arrecadação de R$ 261,182 bilhões no primeiro semestre de 2022, o que representa alta real de 6,52% sobre igual período do ano passado. Esse resultado pode ser explicado pelo aumento real de 11,54% da massa salarial e de 38,4% na arrecadação da contribuição previdenciária do Simples Nacional de janeiro a junho de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, conforme explicitado pela Receita Federal.
O IRRF – Rendimentos de Capital obteve, de janeiro a junho deste ano, arrecadação de R$ 43,867 bilhões – acréscimo real de 62,82% sobre o primeiro semestre do ano passado. A Receita Federal explica que esse resultado demonstra acréscimos nominais de 210,59% na arrecadação do item “Fundos de Renda Fixa” e de 137,59% na arrecadação do item “Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ)”.